O Manual de Administração e Governação  Pública pode considerar-se o primeiro manual de administração e governação  pública portuguesa. O Manual visa colmatar a carência de  suportes bibliográficos próprios desta área disciplinar, dominada pela  ciência jurídica, e atualizar e sistematizar conhecimentos na área da  administração pública, de forma sustentada, simplificada e desassombrada. Por isso, esta obra é destinada a  estudantes, investigadores, técnicos, dirigentes, gestores e políticos, ou  candidatos a sê-lo, e pode ser lida por qualquer cidadão interessado em  (melhor) entender a administração e governação pública nacional. 

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Este livro é sobre a relação e conformação entre estado de direito e a administração pública, mais propriamente sobre os seus paradigmas modernos: burocrático, gestionário e societário. Como se conformam, como se complementam.
Na sociedade contemporânea, a Administração Pública continua a desempenhar uma função estratégica na conformação e moderação social e na defesa do interesse público, entre a equidade e eficiência, democracia e burocracia, direito e gestão.
Porém, a erosão do modelo de Estado Vestefaliano, da sujeição governamental à heteronomia societária, e a gestão pública global parecem reclamar uma crescente tarefa coletiva de aperfeiçoar um país, ou mesmo um planeta, com preocupações éticas, responsáveis e proactivas. Assiste-se à evolução do padrão da gestão, administração e políticas públicas e a algum consenso na mudança de um modelo predominantemente procedimental e legalista - ou seja, assente no formalismo do Direito -, para um paradigma de proação e de resultados, i.e., assente na abordagem gestionária. Paradoxalmente, parece existir uma tendência para um alargamento dos poderes jurídicos e sociais à sociedade civil interveniente, governância, o que exige uma resposta estruturada, adequada e renovada pelos fins mínimos e essenciais do Estado de direito, da democracia e da socialidade. Coloca-se, pois, uma questão: como o Estado de direito convive entre a dimensão burocrática e a gestionária e estas com a atuante, mas emergente, a dimensão societária?

Este livro reúne diversas ideias, artigos, trabalhos e experiências minhas em matérias de governação e políticas públicas, que inclui o Estado, administração pública e coordenação de think-tanks de partidos políticos, no caso, o PartidoSocialista. Escrevo e resumo uma visão, refletida entre 2010 e 2014, no conceito de “boa governação”,especialmente na dimensão política, administrativa e técnica. Os conteúdos foram produzidos no grupo político “Raiz Política”, no “LIPP” (Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal), no jornal “Diário Económico” e no blogue pessoal do autor “PeoPol – People, Policies and Politics (Management, Public Policy and Governance)”.  A reboque deste acerto documental, o livro também faz uma breve história do Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal (LIPP), um think-tank interno do Partido Socialista (PS), no qual exerci várias funções de coordenação, acumulando a dos grupos de trabalho com a do grupo de trabalho de administração pública. A"boa governação", que dá título ao livro, foi um dos três desígnios do LIPP, juntamente com o crescimento económico e a coesão económica e social, escrito de forma independente, livre e, tanto quanto possível, objetiva, por quem tem a vantagem de nunca ter exercido algum cargo político ou partidário remunerado.  Mais de que um registo para memória futura, espero que ajude quem queira criar, conceber e implantar ideias e propostas políticas e partidárias para melhorar a vida dos portugueses e da sua boa governação.

Este livro reúne a quase totalidade dos meus escritos (posts) nos principais blogues em que participei, ou seja, o “Ad Libitum” e o “Arcadia”, sediados na plataforma Blogger.O período abrangido é entre os anos de 2003-2004 e 2005-2007, respetivamente, e os temas são os mais variados, numa perspetiva pessoal e profissional, como política, artes, literatura, poesia, bodyboard, surf, e vida e sociedade em geral. Certos escritos podem assumir carácter catártico e reflexivo, não obstante genuínos e datados.