Coragem e liderança

A coragem de um político não se mede per se, antes pela distância de tradições - políticas, legais, administrativas - de baixa ou nenhuma coragem.
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Churchill até levava mais longe a importância da coragem na liderança, elevava-a à qualidade “humana”, além da liderança política, pois defendia que:

"Courage is rightly esteemed the first of human qualities, because it is the quality that guarantees all others."

Com efeito, os políticos devem ser protetores e promotores das qualidades humanas, disso depende a qualidade da nossa política e das nossas políticas públicas.

Não é, assim, de admirar o grau de avaliação pública dos políticos e da Política, onde incluo os altos dirigentes públicos. Infelizmente, vivemos tempos em que corajoso é aquele que ‘diz o devido’ sem o fazer, ou “falha o devido” sem o dizer, sobretudo para audiências favoráveis.

Aqueles que vão mais longe, os que ‘dizem e fazem o devido’ mesmo em terreno adverso, amontoam-se na pilha da banalidade da História. Porém, esta ensina que é aquela pilha acumulada de bravos anónimos que permite a alguém, e basta uma só pessoa, poder inspirar povos e nações e a ser elevada, paradoxalmente, ao panteão mediático da excecionalidade.

Pode discordar-se de Churchill, certo é que ele está lá, precisamente por ter feito aquilo que defendia...independentemente das audiências, as quais obvia e politicamente, também sempre importaram.

"We shall fight on the beaches, we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender, and even if, which I do not for a moment believe, this islandor a large part of it were subjugated and starving, then our Empire beyond the seas, armed and guarded by the British fleet, would carry on the struggle, until, in God's good time, the new world, with all its power and might, steps forth to the rescue and the liberation of the old."

House of Commons - 4 Junho de 1940

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