Uma estratégia essencial a seguir, embora desconhecida

A solução da atual guerra não vai nem pode culminar em vitórias e vencedores, em face da história, recursos e qualidades dos beligerantes.
Pavel Dorogoy/AP VDA

Parece-me que a solução sustentável para a cessação da ação militar depende do nível de adversidade do povo russo relativamente a Putin, o qual está correlacionado positivamente com o nível de degradação das suas condições de vida, e, também, com o nível de conhecimento sobre as razões e baixas da guerra.

Posto, isto, espero que os governantes cheguem e ajam em conformidade com esta asserção real e realista, embora, nada se saiba sobre esta dimensão crucial de resolução do conflito, assaz omissa dos media.

O afastamento de Putin não é, pois, necessariamente, a única solução boa desta contenda - até porque ninguém sabe o que já fez e mandou fazer Putin e vai na sua cabeça -, pode ser até a pior, sobretudo se faltar os níveis acima escritos.

Espero, pois, que a ação europeia e mundial, política, sancionatória e de "contramedidas" percebam o mundo em que vivemos (comunicacional, tecnológico) e conheçam a história dos detalhes que conduziram ao fim de conflitos armados com grandes potências. Ou seja, parece-me muito ingénuo pensar que a estratégia única a seguir é um misto de diplomacia, sanções e apoios militares a um dos beligerantes, tanto quanto delirante defender a intervenção da NATO no atual estado do conflito.

A minha esperança é que, por razões de eficácia estratégica, a política "europeia" e dos "aliados" de "comunicar e capacitar" o povo russo não possa ser conhecida e dita em público, estando reduzida aos bastidores.

Espero, ainda, que esta política desconhecida seja tão consensual, convicta e proativa como parecem as conhecidas.

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